quinta-feira, 31 de março de 2011

Cantar As Almas

Cantar Cânticos pelas Almas mais necessitadas é uma Tradição da Quaresma que o Rancho Folclórico de Penacova reviverá no próximo Sábado, dia 02 de Abril e onde o Grupo Etnográfico da Gafanha da Nazaré vai estar presente.
"Em certos e determinados dias da Quaresma, homens e mulheres em grupo que a pouco e pouco ia crescendo, percorriam o lugar quando todos se preparavam para descansar das fadigas diurnas. Painel de madeira à frente, ladeado de duas lanternas, lá seguia o grupo que ajoelhava a cada porta, de mãos postas, rostos piedosamente inclinados, a rezar, a pedir pelos que tinham partido daquele lar."

(in Monografia da Gafanha, pág. 126).


O concelho de Penacova, que dista, sensivelmente, 20 km de Coimbra, integra a Região Centro I e a Sub-Região do Baixo Mondego. Confronta a norte com os concelhos da Mealhada (distrito de Aveiro), Mortágua e Santa Comba Dão (distrito de Viseu), a nascente com os concelhos de Tábua e Arganil, a sul com o de Vila Nova de Poiares e a poente com o de Coimbra. O Concelho, que possui uma área total de 220 Km2, beneficia de uma acessibilidade privilegiada, já que é rasgado por duas importantes vias rodoviárias: o IP3 e o IC6 que, por si só, proporcionam uma grande facilidade de acesso ao concelho.

quarta-feira, 30 de março de 2011

Fortificações da barra de Aveiro 2

Forte da Barra em épocas distintas. Forte da Barra - Continuação.
De facto, o engenheiro Melo de Matos, estudioso do assunto, deixou sobre este forte afirmações e considerações de interesse. Diz ele que “Consultando a planta mais antiga da Barra de Aveiro e que foi levantada pelo tenente-coronel Elsden, vejo designado com nome de Forte Novo o local em que se acha o Castelo. Qual seria já a idade do tal forte novo, eis o que lhe não posso dizer, mas tendo a aludida planta a data de Novembro de 1778 e achando-se nessa época, há talvez um século, a barra ao sitio da Vagueira, é muito de presumir que o forte aludido fosse anterior ao desvio para sul, da Barra de Aveiro, o qual desvio parece que se principiou a dar-se pouco antes de 1656” (14). Comungamos, por inteiro, a opinião deste autor, sabendo que a barra de Aveiro continuou a avançar para sul, pelo século XVII. Assim, já em 1756 se encontrava perto de Mira, bem ao sul da Vagueira (15), abandonando gradualmente esta entrada após 1656. “Não é também possível que o incompleto forte de Aveiro tivesse sido começado a construir durante o período que vai de 1643 aos princípios do século XVIII, pois nessa época foi edificado o forte da Vagueira, junto à barra, nessa altura aí estacionada e, portanto não haveria necessidade de construir outra fortificação num ponto tão afastado da barra da ria (16)”. Sendo assim, é legitimo questionar o ano da construção do Forte numa época em que Aveiro e o seu porto, no mínimo, ainda desfrutassem de uma situação privilegiada e sua importância comercial, sobretudo pelo sal e pesca do bacalhau (17), justificassem em pleno a necessidade de construir uma fortificação de grandes dimensões como seria o Forte de Aveiro, se alguma vez tivesse sido concluído, para defender o comercio, estimular a pesca e, sobretudo garantir estabilidade e segurança aos habitantes das povoações. Bem pelo contrario, desde os tempos de D. Manuel I e de D. João III, Aveiro era muito importante, chegando a possuir, no século XVI, 150 barcos e a ser visitada anualmente por mais de 100 navios estrangeiros (18), e uma população aproximada de 13 000 habitantes no ano de 1572 (19). Deve ter sido pois, nos reinados destes Reis ou ainda no de D. Sebastião, devido à necessidade de se defender o litoral e o comércio dos povos de Aveiro, que se pensou em edificar um forte para impedir a entrada da Barra da ria, nesse tempo situada, segundo a “Geologia de Delgado e Chaffat” um pouco ao sul da Ermida de Nossa Senhora das Areias” (20).

14-Marques Gomes, "Subsídios para a história de Aveiro", Pg. 524.

15-Orlando de Oliveira, "Origens da Ria de Aveiro", Pg. 34.

16-Carlos Pereira Callixto, "Defesa Nacional", revista nº285/286, Janeiro de 1958. Pg. 227 e 228.

17 e 18-Diamantino Antunes do Amaral, "Coisas do passado de Aveiro", Pg. 37.

19-Gonçalves Gaspar, "Aveiro, notas históricas", Pg. 93

20-Carlos Pereira Callixto, "Defesa Nacional", revista nº285/286, Janeiro de 1958, Pg.228.

Trabalho elaborado pelo Srº Cardoso Ferreira sobre as Fortificações da Barra de Aveiro, e que foi publicado no boletim nº 17 de Agosto de 1989 da ADERAV - Associação de Defesa e Estudo do Património Natural e Cultural da Região de Aveiro.

(Continua)

sábado, 26 de março de 2011

Ainda sobre o almoço do passado domingo

Ainda reportando ao almoço do passado domingo, queremos aqui deixar, desde já, um convite a todos quantos se queiram inscrever num próximo. Por isso deixamos mais umas imagens para abrir o apetite e aguçar toda a vossa boa vontade!

Na recepção

A boa apresentação das mesas


Também não podemos deixar de agradecer a todas as pessoas, famílias e amigos que se inscreveram para estar presente neste almoço! Às que tiveram lugar e, sobretudo, às que já não tiveram!

Uma vista da sala

Mesa no exterior

quinta-feira, 24 de março de 2011

Arte Xávega

Hoje através de um email, recebi estas fotos que quero partilhar com todos os que nos visitam neste blog. São fotos de extrema beleza, mas que mostram bem a dureza desta arte de pesca, a Arte Xávega. Pena é, já não ser possível ver nas nossas praias este tipo de pesca, utilizando somente a força do homem e dos animais. Aqui ficam as fotos.



Fotos da autoria de Cmendes.

quarta-feira, 23 de março de 2011

Almoço de Angariação de Fundos

Como já tinha sido anunciado, realizou-se no passado domingo, dia 20.03.2011, um almoço de angariação de fundos para esta associação.
Nunca é demais lembrar que a realização de uma tarefa destas envolve muitas pessoas, trabalho e responsabilidade para que tudo corra de feição!
Aqui ficam algumas imagens que registam os momentos de preparação e de trabalho, agradecendo desde já a todos quantos, de uma forma ou de outra, colaboraram com esta iniciativa mais uma vez! Bem haja!

As Cozinheiras - sempre bem dispostas!

O Rubem - responsável pelo assador!

O Sr. Acácio e o Sr. Armando

sábado, 19 de março de 2011

Fortificações da Barra de Aveiro - 1


Forte da Barra
Quanto ao actual Forte da Barra, conhecido até 1830 como “Castelo da Gafanha” (8), não temos a certeza exacta da data da construção, sobre a qual existem algumas teorias. Parece-nos, todavia, mais consistente a teoria de que o Forte da Aveiro não deveria ter sido construído no principio do século XVIII, como defende Carlos Pereira Callixto (9), o que também é opinião de Marques Gomes porque “reinava grande miséria em Aveiro e arredores. A freguesia de S. Gonçalo tinha 170 fogos, dos quais somente 30 possuíam terras suas, sendo a restante população muito pobre e a freguesia da Vera Cruz contava 455, na sua maioria também muito pobres. A população de Aveiro que em 1658 era de 10 000 habitantes aproximadamente, descera em 1736 para 5 300 indivíduos” (10). De facto, com a barra fechada e a zona lagunar alagada e praticamente sem navegação costeira, não parece lógico nem crível que o rei D. João V (1706-1750) tivesse determinado quaisquer construções de carácter militar, pois, durante o seu reinado, Aveiro e arredores encontravam-se em franco declínio (11) devido ao assoreamento da barra que vinha a definhar desde finais do século XVI e a partir de 1685 não cessava de piorar. “De resto, D. João V nenhumas fortificações mandou construir na costa de Portugal, limitando-se a reedificar as já existentes, e como a construção dos fortes e fortalezas não era feita separadamente mas sim obedecendo a um plano geral, não é provável que o Forte da Aveiro tivesse sido principiado nos começos de século XVII (12). Ora, sabemos que desde os meados do século XVII, a barra de Aveiro estava situada ao sul da Vagueira (13), bastante longe daquele que é ainda o local onde existe o forte. Se nesse tempo, mercê de algum plano régio, se desejasse construir uma fortificação para defender a barra do Vouga, não seria por certo escolhido o local onde hoje vemos o forte, pois ficava a cerca de légua e meia da entrada da barra o que quer dizer que aqui não impedia a entrada de qualquer inimigo nem sequer alguém se poderia aperceber da sua passagem, já que a caminho de Aveiro não necessitava de passar nesse local. Como podemos, pois, admitir de ter sido o Forte de Aveiro construído nos princípios do século XVII?

Trabalho elaborado pelo Sr. Cardoso Ferreira sobre as Fortificações da Barra de Aveiro, e que foi publicado no Boletim nº 17 de Agosto de 1989 da ADERAV – Associação de Defesa e Estudo do Património Natural e Cultural da Região de Aveiro. (Continua).
Notas Bibliográficas
8-João Viaera Resende . "Monografia da Gafanha". Pag.173.
9 e 12-Carlos Pereira Callixto, "Defesa Nacional", revista nº 285/286, Janeiro de 1958, Pg. 227.
10-Comandante Silvério Rocha e Cunha, "Relance da história económica de Aveiro". Pg. 27.
11-Diamantino Antunes do Amaral, "Coisas do Passado de Aveiro". Pg. 39.
13-João Gonçalves Gaspar, "Aveiro Notas históricas". Pg. 94.

terça-feira, 15 de março de 2011

Fotos 14

Fotos da recepção na Câmara Municipal de Gouveia, quando se realizou o Festival de Folclore nessa cidade, em 1990.





domingo, 13 de março de 2011

Almoço de Angariação de Fundos

No próximo Domingo dia 20-03-2011 o Grupo Etnográfico da Gafanha da Nazaré, vai organizar um almoço de angariação de fundos, na Colónia Agrícola, no Centro de Recursos Mãe do Redentor.
A ementa é a seguinte:
Entradas
Sopa
Bacalhau assado na brasa
Sobremesas diversas
Para efectuar reservas, podem contactar qualquer elemento do Grupo.
Contamos consigo, para fazer deste almoço um grande convívio.

quinta-feira, 10 de março de 2011

Fortificações da Barra de Aveiro

Nestes próximos dias iremos transcrever um pequeno trabalho elaborado pelo Sr. Cardoso Ferreira sobre as Fortificações da Barra de Aveiro, e que foi publicado no Boletim nº 17 de Agosto de 1989 da ADERAV – Associação de Defesa e Estudo do Património Natural e Cultural da Região de Aveiro.

Torre de Vigia da Barra
A primeira fortificação existente na região próxima de Aveiro foi a Torre de Vigia (1).
Esta fortificação não seria mais do que uma simples torre de observação, edificada no reinado de D. Afonso III, com a finalidade já de conter ou, pelo menos, de advertir a população aveirense da aproximação dos piratas, nomeadamente norte-africanos e do norte da Europa, que costumavam atacar a região.
No século XV, com os Descobrimentos, o desenvolvimento da pesca longínqua, principalmente do bacalhau na Terra Nova, provocou um crescimento económico da região, o que levou o Infante D. João I, a mandar reedificar a Vila de Aveiro e a construção de soberbas muralhas (2).
A torre de vigia estava situada, segundo a “Provisão de 1584”, a meia légua da barra e a légua e meia da Vila de Aveiro. A barra, nessa época, situava-se mais ou menos onde hoje está a Costa Nova, pelo que a referida torre bem poderia estar localizada onde hoje existe o Forte da Barra (3), mas opinião muito diferente é a do estudioso Padre João Vieira Resende, que defendia a sua localização algures entre a Torreira e S. Jacinto (4).
Na planta levantada em 1778 pelo tenente-coronel Elsden e pelos oficiais engenheiros Manuel de Sousa Ramos e Izidoro de Paula Pereira, vem mencionada a palavra Torre na língua de areia que separa a ria do mar e por baixo da Ermida de Nossa Senhora das Areias (S. Jacinto) (5).
Como curiosidade e em abono da verdade deve dizer-se que a construção das muralhas de Aveiro decorreu entre 1418 e 1422 (6). Junto à “Porta do Cais”, nas muralhas, ficava um torreão. Nesse torreão deveriam ser recebidos os avisos luminosos (por fachos) emitidos nas torres de vigia de protecção à costa. Para além da torre de vigia da Barra, existiriam mais algumas, nomeadamente, a de S. Julião, junto ao rio Vouga; na Ermida da Torre, perto de Esmoriz; ao lado sul, existiriam as da Ermida de Vagos e uma outra, na estrada a sul de Vagos (7).

Notas Bibliográficas:
1-Carlos Pereira Callixto, “Defesa Nacional”, revista nº152, Dezembro de 1946, Pag. 21.
2-Amaro Neves, “Aveiro, historia e arte”, Pag.13.
3-Orlando Oliveira, “Origens da ria de Aveiro”, Pag. 34.
4-João Vieira Resende, “Monografia da Gafanha”, Pag. 63
5-Carlos Pereira Callixto, Ibidem.
6-Amaro Neves, Ibidem.
7-Carlos Pereira Callixto, Ibidem, Pag. 222.

(Continua)
Boas leituras

terça-feira, 8 de março de 2011

Dia de Entrudo

Hoje é dia de Entrudo. Seria bom recordar o que aqui já foi escrito sobre o entrudo nas terras das Gafanhas. Vamos recordar aqui.

quinta-feira, 3 de março de 2011

Fotos 13



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