HISTORIAL

O Grupo Etnográfico da Gafanha da Nazaré foi fundado no dia 1 de Setembro de 1983, com o propósito de defender os usos e costumes dos nossos antepassados, isto é, dos que que habitavam as Gafanhas desde o início do séc. XVII, conforme rezam algumas crónicas de escritores e estudiosos que à região dedicaram e continuam a dedicar algumas páginas de reconhecido interesse. 
Dada a localização das Gafanhas, que são banhadas pela ria e pelo mar,  apenas existia ligação por terra com Vagos e Mira, pelo que todos os usos e costumes foram influenciados pelas gentes daquelas localidades.
Aveiro e Ílhavo não tiveram influência nos usos e costumes das gentes das Gafanhas devido à grande dificuldade que existia nas ligações, visto que as mesmas só podiam ser efectuados por barco.
O Grupo Etnográfico da Gafanha da Nazaré, consciente da necessidade de fazer uma pesquisa metódica e honesta, colocou "mãos à obra" e hoje orgulha-se de poder apresentar o fruto de todo o seu trabalho. A escritura pública dos seus estatutos aconteceu em 11 de Julho de 1986, no Cartório Notarial de Ílhavo e é sócio efectivo da Federação do Folclore Português e inscrito no INATEL.
A região das Gafanhas - Beira Litoral - era habitada por gente humilde, entregue com denodo à transformação das dunas improdutivas em terras férteis.  É esta gente simples que o Grupo Etnográfico da Gafanha da Nazaré tenta representar o mais fielmente possível.
A prova de todo o trabalho de recolha e apresentação tem sido feita com muito cuidado e está nos números gravados pela RTP para o filme "Os pescadores" de Raúl Brandão, nos inúmeros festivais em que tem participado, nas deslocações ao estrangeiro, e muito em especial, na Medalha de Mérito Cultural atribuída pela Câmara Municipal de Ílhavo ao Grupo Etnográfico da Gafanha da Nazaré.
Por ocasião do Feriado Municipal de 24 de Março de 2008, em sessão solene, foi entregue ao Grupo Etnográfico da Gafanha da Nazaré a Condecoração Honorífica - Medalha de Dedicação em Vermeill.
O Grupo Etnográfico da Gafanha da Nazaré começou as suas actuações em 1985, tendo realizado nesse mesmo ano o seu primeiro Festival de Folclore. Em 1988 deslocou-se a França para actuar nas cidades de Rouillac, Angoulême, Cognac e La Rochelle, tendo visitado novamente este país em 1991 e 2000.
Realizou diversas exposições no Salão da Junta de Freguesia da Gafanha da Nazaré, subordinadas a diversos temas etnofolclóricos, bem como uma outra composta por um desfile com seis carros sobre a vida dos Gafanhões no início do séc. XVII, integrada no V Festival de Folclore.
Em 1993 organizou o I Colóquio Etnofolclórico subordinado ao tema "Gafanha: Usos, costumes e tradições."
Em 1998 organizou o II Colóquio Etnofolclórico subordinado ao tema "Os Oceanos e a pesca do bacalhau."
Em 2004 organizou o III Colóqui Etnofolclórico subordinado ao tema "20 anos ao serviço da Cultura."
Em 1993 realizou uma saída à Alemanha, em 1995 uma a Múrcia (Espanha) e em 1996 uma à Sicília (Itália).
Em 1999 realizou uma digressão por diversas ilhas dos Açores, a convite do COFIT, onde actuou por diversas ocasiões.
Foi também neste ano que recuperou a Procissão em Honra de Nossa Senhora dos Navegantes, que já não se realizava há cerca de 20 anos.
Em 2002 efectuou mais uma actuação para a televisão, desta feita para a TV Galicia, em Espanha.
Em 2003 recuperou uma tradição da Gafanha da Nazaré, "O Cantar das Almas", pelas ruas da cidade.
Em 2007 realizou uma digressão à Polónia actuando nas cidades de Wodzislaw Slaski e Kedzierzyn Kozle.
Em 2008 actuou em Palermo (Itália), nas comemorações dos 200 anos da Diocese desta cidade.
O repertório do Grupo Etnográfico da Gafanha da Nazaré é composto por danças e cantares que representam a dureza do desbravamento das areias. As danças são normalmente de roda, simples como o povo que as criou e belas pela simplicidade que possuem.

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