Depois do texto “Apontamento sobre o Gafanhão e a areia”, nas próximas semanas irei transcrever um pequeno estudo feito pelo nosso colega e amigo Paulo Teixeira, com o título “As Gafanhas antes da Ria”.
Este trabalho foi apresentado no quinto colóquio da Murtosa e posteriormente transcrito no livro do 10º Festival Nacional de Folclore da Gafanha da Nazaré em 1994.
Espero que gostem.
(figura 1) Este trabalho foi apresentado no quinto colóquio da Murtosa e posteriormente transcrito no livro do 10º Festival Nacional de Folclore da Gafanha da Nazaré em 1994.
Espero que gostem.
Ao iniciar a apresentação deste trabalho, queria, em nome do grupo que represento, o Etnográfico da Gafanha da Nazaré, agradecer ao grupo organizador deste colóquio a oportunidade que nos deu de podermos vir aqui falar um pouco sobre a nossa região, as Gafanhas. Ao mesmo tempo queria também felicitar em meu nome e em nome do Grupo Etnográfico, os “Camponeses da Beira Ria” pelo magnífico trabalho que têm vindo a desenvolver em prol do Folclore e da Etnografia e desejar que esta iniciativa, que já vai na sua quinta edição, se continue a realizar, cada vez com mais impacto a nível geral e em especial junto das pessoas que não estão tão sensibilizadas para estes assuntos.
Quando o Grupo me propôs apresentar este tema, pensei um pouco com os meus botões e achei que, à primeira vista, seria um assunto sem ponta por onde se lhe pegar. Mas, depois de reflectir algum tempo e de ter consultado algum material que tinha ao dispor, comecei a verificar que era possível obter algo com interesse para vir apresentar a este colóquio.
Irei começar por situar geograficamente a zona das Gafanhas. É uma zona que, como podem observar na fig. 1, começa na Gafanha da Nazaré e termina já bastante perto de Mira, na Gafanha do Areão. Abrange por isso dois concelhos: Concelho de Ílhavo, do qual fazem parte as Gafanhas da Nazaré, Gafanha da Encarnação, do Carmo, da Boavista e de Aquém.
Por sua vez, no Concelho de Vagos, ficam as Gafanhas da Boa Hora, da Vagueira e do Areão. Pode considerar-se esta zona como sendo uma península, já que se encontra rodeada de água por todos os lados, excepto por um, que é precisamente aquele que dá ligação para Vagos e Mira.
Quando o Grupo me propôs apresentar este tema, pensei um pouco com os meus botões e achei que, à primeira vista, seria um assunto sem ponta por onde se lhe pegar. Mas, depois de reflectir algum tempo e de ter consultado algum material que tinha ao dispor, comecei a verificar que era possível obter algo com interesse para vir apresentar a este colóquio.
Irei começar por situar geograficamente a zona das Gafanhas. É uma zona que, como podem observar na fig. 1, começa na Gafanha da Nazaré e termina já bastante perto de Mira, na Gafanha do Areão. Abrange por isso dois concelhos: Concelho de Ílhavo, do qual fazem parte as Gafanhas da Nazaré, Gafanha da Encarnação, do Carmo, da Boavista e de Aquém.
Por sua vez, no Concelho de Vagos, ficam as Gafanhas da Boa Hora, da Vagueira e do Areão. Pode considerar-se esta zona como sendo uma península, já que se encontra rodeada de água por todos os lados, excepto por um, que é precisamente aquele que dá ligação para Vagos e Mira.
A chamada zona das Gafanhas tem cerca de setenta quilómetros quadrados de superfície, apresentando como característica predominante, o facto de ser uma zona muito plana, formada essencialmente por solos bastante arenosos.
(Continua)
Boas leituras
Rubem da Rocha
(Continua)
Boas leituras
Rubem da Rocha
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