Um sonho que não desejei, mas que aceitei.
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Nunca fui bailarino nem nunca fui muito dado a certos divertimentos próprios da juventude. Passaram-se os anos e já quando o entardecer da vida descia, conversando com um grupo de jovens desta vila, veio o sonho que eu julgava de todo impossível.
Passou-se algum tempo, tempo suficiente para levedar a massa como uma boa dona de casa, e quando acordei estava com a maioria desses jovens a trabalhar na organização de algo ligado ao folclore que viria depois a ser baptizado com o nome de Grupo Etnográfico da Gafanha da Nazaré.
Nunca é tarde para começarmos alguma coisa. Estou feliz por ter ajudado aqueles jovens e hoje tenho uma fome de pesquisa de tudo o que diz respeito a esta terra. Não tenho tempo para fazer muito mais mas queria deixar aqui este testemunho.
Gentes desta terra - nunca é tarde para começar, venham porque há trabalho para todos. Podeis ajudar a descobrir e a escrever a história desta terra.
E assim o sonho que não desejei, mas que aceitei, tornou-se realidade.
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Alfredo Ferreira da Silva; livro do 3º Festival do GEGN; 12/07/1987
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