quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Fotos 5

Mais algumas fotos do 6º Festival de Folclore da Gafanha da Nazaré de 1990, desta vez do Grupo Folclórico da Casa do Povo de São Bartolomeu de Messines - Algarve, e do Groupe Folklorique de Guyenne - França.




terça-feira, 16 de novembro de 2010

Jantar de Angariação de Fundos

É já no próximo sábado, dia 2o-11-2010, que o Grupo Etnográfico da Gafanha da Nazaré vai realizar mais um jantar de angariação de fundos, pelas 20:00 horas, no Centro de Recursos Mãe do Redentor, na Colónia Agrícola.

A ementa será a seguinte:

Entradas
Sopa de legumes

Carne de porco à Alentejana

Fruta e doces variados

Vinhos, sumos, café e digestivo.

O custo é de 10 euros por pessoa.

Todas as pessoas se podem inscrever, basta para isso contactar qualquer elemento do grupo, ou através dos telefones:

Lurdes Matias – 966 353 980
Ferreira da Silva – 917 583 111
Rubem – 963 225 283

Vamos fazer deste jantar um grande convívio entre todos os participantes. Inscreve-te e traz um amigo.

domingo, 14 de novembro de 2010

Indumentaria da Mulher da Gafanha 4

A SAIA (Continuação)


Com tanta abundância desta matéria prima, e também porque era moda, a saia de fraldilha tinha de ser, como foi, a primeira conhecida na Gafanha. Era simples, com pregas, tendo ourelo na orla. Era rodeada com quatro a cinco varas de fraldilha e sem enfeite algum (1).
Note-se que todos os tipos de saia de que vamos falar, e bem assim os dos outros vestidos, eram usados tanto pelas pessoas adultas como pelas donzelas.
Passou-se algum tempo, e a esta simples saia aplicou-se exteriormente pela orla uma larga forra de baeta, com pequeno debruamento para a parte interna. Esta forra só se usava nas saias de luxo. Veio depois a saia de paninho preto, ainda mais rodada e com fita ou forra larga de veludo, também a debruar para dentro. Após esta começou a usar-se a saia de olho de azeite, de chita azul escura, planetada de flores cor de azeite e com quinze panos de roda. Costurados uns aos outros chegariam para um pano de barco moliceiro! Em 1907 ainda existia uma na Encarnação, que foi desmanchada, fazendo-se com ela três saias que certamente não deviam ser... travadinhas! A fita ou liga da orla era de lã e pregada de chapa, isto é, sem debruamento.
(1) Tinha quatro a cinco varas de roda ou de circunferência pela orla e descia da cintura até próximo do tornozelo. Em cada vara gastava-se um arrátel de lã, de modo que se gastavam quatro a cinco arráteis de lã em cada saia, não incluindo o cabeção da saia, que era a parte superior dela, e que no seu arranjo ficava em sentido horizontal à parte inferior, que por sua vez ficava em posição perpendicular no sentido da teia.

Peixeira da Costa Nova


In "Monografia da Gafanha" do Padre João Vieira Rezende.
(Continua)
Boas leituras
Até breve

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

10º Aniversário da Casa Gafanhoa


No âmbito das comemorações do 10º aniversário da "Casa Gafanhoa" - Museu Municipal, irá realizar-se no próximo fim-de-semana um Magusto e uma Matança de Porco.

No sábado, dia 13, será a Matança do Porco à moda antiga seguida de um magusto até às 17:30 horas.

No domingo, dia 14, será o almoço.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Fotos 4

Mais algumas fotos do 6º Festival de Folclore da Gafanha da Nazaré de 1990. Desta vez as duas primeiras do Rancho Folclórico "Os Camponeses de Malpique", de Constância, e as duas ultimas do Grupo Etnográfico "Os Esparteiros" de Mouriscas-Abrantes.









domingo, 7 de novembro de 2010

Indumentária da Mulher da Gafanha 3

A Saia

O tecido de que era confeccionada a primitiva saia da Gafanha, nunca passava pelas fábricas dos grandes industriais, nem pelos balcões das casas comerciais das grandes cidades, nem mesmo pelas mãos delicadas de costureirinhas profissionais. Tudo se preparava dentro daspróprias casas, cheias de fumo e desarranjadas. Tudo passava ao serão pelo fuso candente da jovem camponesa, de tez amorenada pelo iodo e pela torreira do sol. Tudo era martelado pelo tear, que gemia ao canto da casa nessas noites de serão, nessas noites de trabalho.
Na Gafanha abundavam sobremaneira os maninhos e os prados, e por isso não havia naqueles tempos, dizem, familia alguma que não possuisse três, quatro, cinco e seis ovelhas, que os mais novos da casa iam apascentar para ali. Com os primeiros calores do verão, o animal ofegava sob a lã farta e crescida. Tinha chegado o tempo da tosquia e o animal, amarrados os pés às mãos, sofria pacientemente os golpes da tesoura naquela operação demorada. Tirado o veldro que passava depois pela lavagem, era em seguida scrapiado, como eles diziam, cardado, fiado, tecido e finalmente posto em obra, o que tudo se fazia em cada casa nas noites de inverno. Em todas elas havia ao começar o verão grandes teias de lã, fraldilha ou serguilha, que depois, ou mesmo durante o inverno, eram postas em obra. Não havia alfaiates nem costureiras. As mulheres iam talhando e confeccionando, com as teias da casa, as mantas da cama, as saias, os mantéus, etc.


(Continua)


In "Monografia da Gafanha" do Padre João Vieira Rezende.


Até breve

Boas leituras

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Fotos 3

Mais quatro fotos do 6º Festival de Folclore da Gafanha da Nazaré de 1990. As duas primeiras do Grupo Coral e Etnográfico "Os camponeses de Pias", as duas ultimas referentes ao Grupo Regional de Danças e Cantares do Mondego, Coimbra.





De salientar, que só com o Grupo Regional de Danças e Cantares do Mondego, é que nos voltámos a cruzar, tanto aqui no festival da Gafanha, como em outras regiões do pais. Com os amigos de "Os Camponeses de Pias" nunca mais nos voltamos a encontrar.




segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Indumentária da Mulher da Gafanha 2

Seguiu-se depois o Chapéu de Tope, de aba menos larga mas suficientemente ampla para resguardar totalmente o tronco dos raios solares. Era desprovido da presilha. O tope consistia em farta laçaria de fitas em forma de pinha bastante alta e colocada sobre a copa, o que tornava incómodo, sobretudo para o transporte de qualquer objecto sobre a cabeça. Por esta razão muitas mulheres não o queriam usar, dando em resultado haver na mesma época dois tipos de chapéu: o de tope com a respectiva aba larga e um outro com aba igualmente larga, mas sem tope. Foi por isso que o uso do chapéu sem tope prevaleceu por mais tempo.

Aí por 1880, também se usou o chapéu de maçaneta, que consistia em ser adornado por uma maçaneta grande, de retrós preto, ao centro e sobre a copa, e ainda por outras mais pequenas em volta da mesma copa.

Veio depois o chapéu de penacho, interessante chapelinho de aba tão reduzida que, dobrada paralelamente à copa, a não ultrapassava. A aba era inteira e exteriormente coberta com fita de veludo preto, e sobreposta à copa e em volta dela, quase a tocar o rebordo da aba, circulava outra fita de veludo da mesma cor, terminada ao lado com um laço de pontas soltas. Era aí que se fixava o penacho, ou pluma de farta penugem tingida de preto, e todo este conjunto realçava sobremaneira o pequenino chapéu que era colocado sobre a cabeça com ademanes de natural e encantadora galantaria. Este chapéu, tão regional e característico, fazia atrair sobre a portadora as atenções, alias respeitosas, dos estranhos.

Passou de moda, e a Tricana de hoje só usa o lenço sobre a cabeça. Já de há muito, porém, que as raparigas, quando o sol é intenso, usam chapéu de palha durante os trabalhos no campo. Por baixo do mento passa uma fita, cujas extremidades vão prender à aba larga, fazendo-a descer sobre o rosto que, por este modo, fica melhor resguardado dos raios solares.

In Monografia da Gafanha doPadre João Vieira Rezende.


Chapeu de penacho

Boas leituras

Até breve.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Fotos 2

Aqui ficam mais algumas fotos do 6º Festival de Folclore da Gafanha da Nazaré de 1990.
As três primeiras fotos pertencentes ao Grupo Académico de Danças Ribatejanas, e as duas ultimas referentes ao Rancho Folclórico de Gouveia.

Em segundo plano mas bem atento à dança o nosso grande amigo Miguel de Almeida.



segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Indumentaria da Mulher da Gafanha

Agora que a época Folclórica acabou, vamos voltar a transcrever alguns textos publicados sobre a nossa região. Desta vez sobre a indumentária da mulher na Gafanha, texto este retirado da Monografia da Gafanha do Padre João Vieira Rezende.

Digamos também alguma coisa sobre as fases por que tem passado a moda, no que diz respeito ao vestuário rudimentar dos povos da Gafanha. Ao extravagante e ridículo da moda, que os alfaiates de Paris têm lançado no mercado do mundo inteiro, não pode subtrair-se também a mulher moderna da Gafanha, que tem sido sua escrava, sujeitando-se com agrado às suas oscilações e caprichos. A rapariga da Gafanha está hoje a competir com raparigas de outras terras, nesta questão da moda, e se noutros tempos era vaiada fora da terra com epíteto de Gafanhoa pelo seu desajeitado vestir, hoje já não passará por essa humilhação, porque as iguala quando as não ultrapassa. Deixemos por agora a modernizada rapariga da Gafanha, toda entregue a esses tolos devaneios da sua fantasia, incendida pela moda amoral que veio da fora, e digamos alguma coisa sobre a arcaica indumentária das suas ascendentes, cheias de dignidade e de veneração. Nesta resumida exposição vamos seguindo as informações que nos foram fornecidas por pessoas de idade mais provecta.

Chapéu
O primeiro tipo de chapéu de que temos noticia é o Chapéu de Presilha e de abas tão largas que, para não desabarem sobre os ombros, tornou-se necessário segurá-las ou prende-las com fitas ou presilhas que, partindo do rebordo das mesmas abas, as iam segurar à copa exteriormente e em toda a volta dela. Colocado sobre uma mesa de tamanho regular, este chapéu ocupava-a totalmente.
Chapéu de presilha

Boas leituras.

Até breve.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Fotos 1

Aqui ficam algumas fotos do 6º Festival de Folclore da Gafanha da Nazaré de 1990. Na altura ainda era feito entre a Junta de Freguesia e o antigo mercado.






Jantar convivio no final do Festival para todos os grupos.




domingo, 17 de outubro de 2010

Grupo Etnográfico no Facebook

O Grupo Etnográfico da Gafanha da Nazaré abriu uma página no Facebook. A partir de agora poderão seguir as nossas actividades em mais uma ferramenta posta à disponibilidade de todos os internautas. Esperamos a vossa visita.

Museu do Brincar

Está patente em Vagos até 31 de Outubro, nos antigos Paços do Concelho, a Exposição "A Criança e o o Brinquedo - Percursos pela República". Esta exposição é da autoria do Museu do Brinquedo, que convida todos a visitar. Nós já o fizemos e achámos fantástica toda a demonstração de brinquedos, peças, jogos, móveis, entre outras coisas, que por lá admirámos.
Aconselhamos todos a visitar, deixando aqui algumas fotos da exposição, ou consultando o sítio do museu aqui.
Esperamos que este museu em breve possa ser visitado no nosso concelho. Parabéns às autoras.








quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Fotos

Aqui ficam algumas fotos, penso que de 1990. Se alguem se reconhecer aqui, ou conheça outros, pode deixar aqui o seu comentário.
Se alguns antigos elementos do grupo, tiverem algumas fotos que queiram publicar, podem enviar para este blog. Sempre que for possivel publicaremos fotos que fazem parte da história deste Grupo.



segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Utilidade Publica

Aqui fica o Oficio do Governo Civil de Aveiro, que informa da atribução de declaração de Utilidadade publica ao Grupo Etnográfico.

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