
" O Grupo Etnográfico da Gafanha da Nazaré foi fundado no dia 1 de Setembro de 1983, com o propósito de defender os usos e costumes dos nossos antepassados, isto é, dos que habitaram as Gafanhas desde o séc. XVII..."
segunda-feira, 12 de outubro de 2009
Fotografias antigas da nossa terra

sábado, 10 de outubro de 2009
Rigor ou aplauso, o drama do folclore

Casa Gafanhoa - Um pouco de história (II)
terça-feira, 6 de outubro de 2009
Gafanha da Nazaré – Um pouco da sua história (1)
- Boletim Cultural n.º 1 - 1985, Gafanha da Nazaré
- Boletim Cultural n.º 2 - 1986, Gafanha da Nazaré
- Etnografia Portuguesa Vol. III - 1980, Dr. J. Leite de Vasconcelos
- Gafanha da N.ª S.ª da Nazaré - 1986, Manuel Olívio da Rocha e Manuel Fernando R. Martins
- Monografia da Gafanha da Nazaré 2ª Edição, Padre João Vieira Rezende
Nele serão focados aspectos, factos e superstições desde o seu nascimento até à morte. Para melhor compreensão, será feito um pequeno historial, sobre o aparecimento e desenvolvimento da Gafanha da Nazaré.
A região das Gafanhas começou a ser habitada no séc. XVII e em 1758 era já uma povoação com “ 14 vizinhos ou fogos e 40 pessoas de sacramento”. Era gente humilde que se entregava, com sacrifício à transformação das dunas improdutivas em terra fértil, que hoje mostra bem a tenacidade dos primeiros Gafanhões.
Quem conheceu, mesmo que superficialmente a história desta região, não pode deixar de admirar quantos aqui se estabeleceram, tão radical foi a transformação que operaram neste recanto beijado pelo mar e pela ria. E se, por um pequeno esforço de memória, pudermos imaginar os modestos meios de que dispunham, então terá de crescer essa admiração e o gosto que sentimos de aos mais novos transmitirmos, vestígios de um passado a todos os títulos glorioso.
No século passado incrementou-se o povoamento, graças a gentes vindas principalmente dos concelhos de Vagos e Mira, tão necessitados se encontravam de terra para cultivar. E é curioso verificar como o povo de Ílhavo e de Aveiro nunca se interessou pelo aproveitamento destes areais esbranquiçados e estéreis, passando por eles, sobretudo a caminho do mar.
Terra beijada pelas águas calmas da formosa Ria de Aveiro, a Gafanha nasceu e criou-se, também à sombra do mar e de tudo o que lhe está ligado, ou não fosse ele e os seus portos razão de ser de grandes povoações.
Em épocas diversas esta região foi ocupada e reocupada por gentes de usos e costumes variados, que se introduziram nos usos e costumes dos caseiros que por aqui se haviam estabelecido, com a ânsia primeira de dominarem dunas teimosas e estéreis, à força de braços habituados a trabalhos duros.
Depois foram os trabalhos nas obras do porto e construção do farol, nos estaleiros e nas secas do bacalhau, nas salinas e na plantação da mata da Gafanha que atraíram esses povos, vindos do Minho até às Beiras, sobretudo onde escasseava o ganha-pão.
Boas leituras
Rubem da Rocha
segunda-feira, 5 de outubro de 2009
Convívio do Grupo Etnográfico


sexta-feira, 2 de outubro de 2009
Os róis de gado
quarta-feira, 30 de setembro de 2009
Casa Gafanhoa - Um pouco de história (I)

segunda-feira, 28 de setembro de 2009
Encerramento do Ano
sábado, 19 de setembro de 2009
Nossa Senhora dos Navegantes 2009

No domingo, pelas 11 horas, serão recebidos os grupos e ranchos que participam no Festival de Folclore. Às 12 horas haverá almoço convívio nas instalações da APA e pelas 14 horas terá início a procissão de Nossa Senhora dos Navegantes, com saída do Stella Maris em direcção ao Porto Bacalhoeiro. A chegada ao Forte da Barra está prevista para as 16:30 horas seguindo-se a Eucaristia animada pelos grupos folclóricos presentes.
Depois da Eucaristia inicia-se o Festival de Folclore com a presença do Grupo Folclórico de Taveiro e do Rancho Folclórico de Gouveia, além do Grupo Etnográfico da Gafanha da Nazaré.
domingo, 13 de setembro de 2009
Nossa Senhora dos Navegantes
É já no próximo fim de semana que se realizam os festejos em honra de Nossa Senhora dos Navegantes. Deixamos aqui algumas imagens para recordar e lembrar o evento.
terça-feira, 8 de setembro de 2009
Rancho Folclórico da Casa do Povo de Alpiarça
Alpiarça, Vila Ribatejana, situada na margem esquerda do Rio Tejo, a poucos quilómetros de Santarém, onde a presença humana data dos primórdios da humanidade.
A variedade de trajes do tempo que queremos aqui retratar é bastante grande. Isto porque as características desta Região Ribatejana ofereceram a este povo uma multiplicidade de ocupações, criando-se assim um trajar que variava da Lezíria para a Charneca, do Tejo para os Campos, da grande casa agrícola à pequena habitação, etc.
Cada traje, ou parte dele, seja para mulheres, homens, casados, crianças, idosos, viúvos, luto, noivado, etc., etc., tem sempre as suas exigências de qualidade e de composição decorativa. "O traje é sempre uma bandeira, que simboliza e exprime o carácter dos habitantes que o usam".
Não é por acaso que o povo da Lezíria traja de cores garridas, com relevo para o colete do campino em dias festivos e para as saias usadas pelas mulheres desta região, que são encarnadas, enquanto dançam de forma viva e movimentada ao som de melodias estridentes e apressadas.
In: Folheto de divulgação do Rancho Folclórico da Casa do Povo de Alpiarça
Rancho Folclórico da Casa do Povo de Alpiarça
Fundado em 1969, depois de um trabalho exaustivo de recolha, pretende representar as características dos usos e costumes dos nossos antepassados tendo sempre presente a transmissibilidade/continuidade deste trabalho. São muitas as manifestações culturais em que temos participado, quer no país, quer no estrangeiro, nomeadamente França, Espanha, Itália, Alemanha, Jugoslávia e Grécia.
As Danças
- Baile de roda, modas para bailar e viras de várias modalidades - Eram as mais populares antigamente.
Os Trajes
- Domingueiros, Festivos, de Trabalho - Dão o colorido e identificam o estrato social e profissão a que cada pessoa pertencia.
A Música
- Acordeão, bilha, reque-reque, cana, ferrinhos - Dão alegria e vivacidade, expressa na velocidade, por vezes estonteante a que os dançarinos executam as danças, embelezadas com os característicos passos de sapateado e escovinha.
As Canções
- Marcadas por quadras populares que evocam o quotidiano da época, complementam todo este ritmo tão característico da região Ribatejana.
O Fandango
- Dança que se espalhou por todas as províncias portuguesas desde o século XVII, adquiriu características bem próprias em cada região, de acordo com a personalidade das gentes. É no Ribatejo que ganha raízes mais profundas e se intitula de ex-libris desta região e demonstra bem o carácter viril e altivo do homem do Ribatejo.
XXVII Festival de Folclore - Alpiarça (Alpiagra 2009)

Ronda Típica da Meadela - Viana do Castelo
Grupo de Danças e Cantares de Lordelo "Os Expansivos" - Paredes
Rancho Folclórico de Paranhos da Beira - Seia
Grupo Etnográfico da Gafanha da Nazaré
Rancho Folclórico da Casa do Povo de Alpiarça
quinta-feira, 3 de setembro de 2009
Nossa Senhora dos Navegantes


quarta-feira, 2 de setembro de 2009
As Gafanhas antes da Ria - 8
Como se pode constatar, foi também a partir de abertura da barra nova, que as Gafanhas se começaram a desenvolver, pois passados cerca de 10 anos deste acontecimento, foi construído o primeiro templo religioso desta zona, sinal da fixação de uma comunidade.
Assim e para terminar este trabalho, queria deixar as seguintes conclusões:
1º - As Gafanhas começaram a ser povoadas, ainda que de uma forma muito lenta, por volta do ano de 1677.
2º - Esse povoamento foi feito a partir das freguesias mais a Sul, caso de Vagos, fruto da ligação terrestre existente.
3º - Nos séculos X-XII, a costa marítima portuguesa tinha uns contornos muito diferentes dos actuais, tocando o mar povoações como Angeja, Vagos, Cacia e outras, que hoje ficam bastante longe dele.
4º - Foi a partir desta altura, com o processo de sedimentação, que se começou a formar um cordão litoral de areias, criando um mar interior, que depois daria origem à Ria de Aveiro.
5º - Com o surgir da Ria de Aveiro, viriam a aparecer também línguas de terra que originariam povoações, entre as quais as Gafanhas.
6º - Seria com a barra nova, em 1808, que toda esta região entraria definitivamente, numa época de progresso constante.
7º - Como resultado de tudo isto e como conclusão final, digo que as Gafanhas não existiriam antes da Ria de Aveiro, mas pelo contrário, com a formação da ria de Aveiro, é que surgiram as Gafanhas.
Trabalho apresentado no Quinto colóquio da Murtosa e posteriormente publicado, no livro do 10º Festival Nacional de Folclore da Gafanha da Nazaré.
Boas leituras
Rubem da Rocha