Por iniciativa de cinco elementos do Grupo Etnográfico da Gafanha da Nazaré, entre os quais três já fora do ativo, realizou-se no passado domingo, dia 23, um almoço convívio na Casa da Música, sede social da associação. Serviu este convívio para rever velhos amigos, reviver momentos inesquecíveis e recordar histórias engraçadas, mas também para homenagear aqueles que já partiram para os braços do Pai e que, ao longo da sua atividade, muito deram e muito fizeram pelo engrandecimento do Grupo. O dia começou, precisamente, na Igreja Matriz com a Eucaristia de Ação de Graças pelo Grupo Etnográfico e todos os seus elementos, vivos e defuntos. Na homilia, o nosso pároco, padre César Fernandes, referiu ser o “Etnográfico” um embaixador da Gafanha e realçou o facto do Grupo ter nascido “nas fraldas da Igreja”, após uma Festa de Catequistas.
O Cântico de Ação de Graças esteve a cargo do Grupo, que cantou a Criação do Mundo, canção recolhida nas suas pesquisas. Após a Eucaristia, seguiu-se a romagem ao cemitério para depor um ramo de flores e rezar uma pequena oração junto das campas dos 11 elementos que já não se encontram entre nós.
Acompanhou-nos o senhor padre César que, antes da romagem, fez uma pequena oração. Após esta parte mais solene das comemorações, teve lugar o almoço, no qual estiveram presentes cerca de 150 pessoas, algumas vindas de locais bem longínquos, mas que se deslocaram com a melhor das boas vontades. Fazia, precisamente nesse dia, 29 anos desde um célebre convívio na Colónia Agrícola, e tivemos a felicidade de visionar a filmagem que nessa altura foi feita e vermo-nos com menos 29 anos e, também, menos alguns quilos.
Depois do almoço foi altura de nos juntarmos no exterior para “um pezinho de dança”. Novos e menos jovens, atuais e antigos elementos, todos puderam tocar e dançar algumas modas do Grupo e matar saudades dos tempos em que, por esses palcos, dentro e fora do país, representaram a Gafanha da Nazaré e levaram as suas tradições, os seus trajes, danças e cantares. Ficou expresso, por muitos, o desejo de manter viva esta tradição e, daqui a três ou quatro anos, voltar a reunir a família do Grupo Etnográfico para mais um almoço convívio.