segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Nossa Senhora da Nazaré






Três fotografias que retratam a participação do Grupo Etnográfico da Gafanha da Nazaré nas Festas da Padroeira.
Seis elementos do Grupo transportaram o andor de Nossa Senhora da Conceição e as nossas crianças, trajadas a rigor, acompanharam a procissão. Estava muito calor e vemos as crianças a "matar a sede" e a refrescarem-se.

sábado, 29 de agosto de 2009

Nossa Senhora da Nazaré

Realiza-se, neste Domingo, a Festa Religiosa em honra de Nossa Senhora da Nazaré. Haverá Missa Solene na Igreja Matriz, pelas 11:15 horas com a presença da Filarmónica Gafanhense-Música Velha.

Pelas 17:00 horas terá início a Procissão, acompanhada pela Filarmónica Gafanhense, pela Banda de Ribeiradio e pela Fanfarra de São Bernardo.

O Grupo Etnográfico da Gafanha da Nazaré associa-se à Festa participando na Procissão e transportando o andor de Nossa Senhora da Conceição.

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

O Folclore

Ligado ao Folclore encontram-se dois outros termos que complementam o seu estudo, como sejam a Etnografia e a Etnologia.
O que são a Etnologia e a Etnografia?
A palavra Etnologia deriva do Grego “éthnos”, (raça) + “lógos”, (tratado, ciência), e é a ciência que estuda os factos e documentos que são recolhidos pela Etnografia. O mesmo é dizer o estudo dos povos e das raças, nos pontos de vista dos seus caracteres psíquicos e culturais, das suas diferenças e afinidades, das suas origens e relações de parentesco, etc.
A palavra Etnografia deriva do Grego “éthnos”, (raça) + “graph”, de “graphein”, que quer dizer descrever. Ou seja, a etnografia é a ciência que estuda os povos, as suas origens, as suas línguas, as religiões, os costumes, etc.
A Etnografia procura descrever, isto é, grafar, escrever, recolher dados para que a Etnologia os possa estudar.
Olhando para estas simples definições que se encontram em qualquer dicionário ou enciclopédia, quero dizer que, na minha opinião, para que um trabalho de recolha seja feito de uma forma séria e mais correcta devem estar presentes, para além destes termos, um outro muito importante e que é a base da Filosofia, ou seja, o questionar tudo. Nunca se devem tomar como inquestionáveis os dados que se têm, pois se os aprofundarmos bem poderemos descobrir que afinal as coisas não serão exactamente como as recolhemos. Todo este processo de recolha é difícil e moroso, pois é feito normalmente, junto de pessoas mais idosas, que muitas vezes já não se lembram exactamente como eram as coisas e poderão de alguma maneira “reinventar” as coisas. Daí que devamos sempre que possível suportar o nosso trabalho de recolha com documentos que possam de alguma maneira comprovar que realmente as coisas seriam assim. Deveremos sempre que possível suportar Historicamente todo o nosso trabalho de recolha. Não nos devemos esquecer que pretendemos representar uma determinada época e uma determinada região. Devido a esta necessidade de aliar todos estes processos de recolha e confirmação de dados não devemos, por um lado, ter pressa em apresentar trabalho, pois como diz o povo e com razão, a pressa é inimiga da perfeição. Nem por outro, pensar que o trabalho está acabado, pois este é um processo que está continuamente a ser renovado e questionado. Pois estão sempre a aparecer novos dados, novas coisas. O trabalho de um folclorista, de um etnografista e/ou de um etnologista, nunca se encontra acabado, pois a fonte onde vai beber, que tem que ser a fonte popular, não pode secar!

terça-feira, 25 de agosto de 2009

As Gafanhas antes da Ria -7

Voltando à barra nova, após várias tentativas sem êxito, somente com a chegada a Aveiro dos engenheiros militares Coronel Reinaldo Oudinot e Capitão Luis Gomes de Carvalho, genro do primeiro, se deu início a um estudo completo e prolongado, que viria a culminar com a abertura da barra em 3 de Abril de 1808, após duas tentativas falhadas em Março de 1806 e Fevereiro de 1807.
E foi assim que, com esta obra se marcaria, definitivamente, uma passagem entre a ria e o mar, deixando esta de estar aberta ou fechada, consoante o sabor dos tempos e passando a estar sempre aberta, por acção directa do homem. Refira-se que, como complemento à barra, foram construídos os dois molhes, o segundo dos quais (norte), cerca de dez anos depois de a barra estar aberta.
Ficou assim toda a região, definitivamente livre dos problemas resultantes do açoreamento da barra e pôde lançar-se finalmente, numa era de progresso constante até atingir aquilo que hoje é.
Sabe-se que os primeiros habitantes das Gafanhas seriam originários da zona de Vagos, por ser a única com ligação terrestre a estas terras, razão pela qual, grande parte dos apelidos das famílias gafanhoas tem origem em Vagos; por exemplo os Rochas, os Carapelhos, os São Romões, os Sarabandos, e muitos outros que existem. Mas nessa altura, ainda não se podia falar propriamente em povoação, porque estas gentes viveriam dispersas, seria uma casita ali, outra além. Assim embora existam dados referentes ao ano de 1677, ano em que o Conde de Aveiras, João da Silva Telo de Meneses, teria feito aforamento de várias leiras de terra a diversos agricultores e caseiros, foi com a abertura da barra, que as Gafanhas viriam a iniciar a sua era de desenvolvimento.
Somente em 1818, se conhece já uma colónia de habitantes com carácter permanente, nos terrenos situados a Nascente da ponte da Cambeia e a Sul da Quinta da Mó do Meio. Seria mesmo neste local, na Quinta do Marinhão, que viria a ser erguida a primeira Capela dedicada ao culto religioso, vincando de forma bem marcante que a partir daí, se iria desenvolver uma povoação, já que os nossos antepassados davam uma grande importância à sua vida religiosa.
(Continua)

Boas leituras
Rubem da Rocha

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Festival do Bacalhau

A nossa tasquinha no Festival do Bacalhau.

O pessoal que preparou as iguarias.

A malta que atendeu os clientes.

A visita dos nossos autarcas.


Aspecto da sala com clientes e sobretudo amigos.
(Muitos mais trabalharam desinteressadamente neste evento, mas nem todos aparecem nas fotos. As minha desculpas pela impossibilidade de a todos retratar.)

terça-feira, 18 de agosto de 2009

O Folclore

O interesse pelo folclore nasceu entre o fim do século XVIII e o início do século XIX, quando estudiosos como os Irmãos Grimm e Herder iniciaram pesquisas sobre a poesia tradicional na Alemanha e "descobriu-se" a cultura popular como oposta à cultura erudita cultivada pelas elites e pelas instituições oficiais. Logo esse interesse se espalhou por outros países e se ampliou para o estudo de outras formas literárias, músicas, práticas religiosas e outros factos chamados na época de "antiguidades populares". Neste início de sistematização, os pesquisadores procuravam abordar a cultura popular através de métodos aplicados ao estudo da cultura erudita.
O termo folclore (folklore) é um neologismo que foi criado em 1846 pelo arqueólogo Ambrose Merton - pseudónimo de William John Thoms - e usado numa carta endereçada à revista The Athenaeum, de Londres, onde os vocábulos da língua inglesa folk e lore (povo e saber) foram unidos, passando a ter o significado de saber tradicional de um povo. Esse termo passou a ser utilizado então para se referir às tradições, costumes e superstições das classes populares. Posteriormente, o termo passou a designar toda a cultura nascida principalmente nessas classes, dando ao folclore o status de história não escrita de um povo. Mesmo que o avanço da ciência e da tecnologia tenha levado ao descrédito de muitas dessas tradições populares, a influência do pensamento positivista do século XIX contribuiu para dignificá-las, entendendo-as como elos numa cadeia ininterrupta de saberes que deveria ser compreendida para se entender a sociedade moderna. Assim, com a consciencialização de que a cultura popular poderia desaparecer devido ao novo modo de vida urbano, o seu estudo generalizou-se, ao mesmo tempo que ela passou a ser usada como elemento principal em obras artísticas, despertando o sentimento nacionalista dos povos.

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Festival do Bacalhau

No âmbito do Mar Agosto 2009/Festas do Município de Ílhavo, vai ter lugar no próximo dia 19 de Agosto, quarta-feira, pelas 18 horas, no Navio-Museu Santo André, a cerimónia de abertura do Festival do Bacalhau 2009, que a Câmara Municipal de Ílhavo organiza em parceria com a Confraria Gastronómica do Bacalhau. Sendo o Município de Ílhavo a Capital Nacional do Bacalhau, esta é uma iniciativa de referência que integra múltiplas atracções de acordo com o seguinte programa:
19 AGOSTO (Quarta-feira)
18:00 horas - Abertura do Festival do Bacalhau Navio-Museu Santo André
19:00 horas / 24:00 horas - Mostra Gastronómica com Tasquinhas de Bacalhau
22:00 horas - Espectáculo com JUST GIRLS
20 AGOSTO (Quinta-feira)
15:00 horas / 18:00 horas - Jornadas do Mar e da Ria Navio-Museu Santo André
22:00 horas - Espectáculo com ROBERTO LEAL
21 AGOSTO (Sexta-feira)
20:00 horas - Arruada com a Filarmónica Gafanhense
22:00 horas - Espectáculo com JOSÉ CID
22 AGOSTO (Sábado)
15:00 horas - Corrida Mais Louca da Ria
17:30 horas / 21:00 horas - Rota das Padeiras
22:00 horas - Espectáculo com PER7UME
23 AGOSTO (Domingo)
10:30 - Construções na Areia Praia da Barra
Comemorações do 8º Aniversário da Inauguração do Navio-Museu Santo André
10:00 horas / 24:00 horas - Dia Aberto (visitas gratuitas ao Navio-Museu Santo André)
14:00 horas / 18:00 horas - Exibição de Jograis-marinheiros Porão e Tombadilho do Navio
18:00 horas - Entrega dos prémios do Concurso de Fotografia “Olhos sobre o Mar” Porão de Salga do Navio-Museu Santo André
22:00 horas - Espectáculo com RITA GUERRA
Jardim Oudinot, Gafanha da Nazaré
Todos os dias 12:00 horas / 15:00 horas e 19:00 horas / 24:00 horas
Mostra Gastronómica com Tasquinhas de Bacalhau
18:00 horas - Mostra de Cinema ao Ar Livre Animação, Exposições, Artesanato, Provas de Vinho,...
(Informação retirada do site da C.M.I.)
O Grupo Etnográfico estará presente neste Festival do Bacalhau com a sua tasquinha. Visite-nos, prove um bom bacalhau e assista aos espectáculos musicais. De certeza que ficará com água na boca, tais as especialidades que o nosso amigo António irá preparar.
Apareça...

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

As Gafanhas antes da Ria -6

Como se formou o chamado mar interior, era imperioso que se estabelecesse uma passagem entre o mar exterior e este, ou melhor, entre o mar e a ria. Essa passagem à qual se passou a chamar barra, viria ao longo dos vários séculos, a sofrer muitas alterações, quer de posicionamento, quer de condições de navegabilidade, influenciando assim, de maneira bastante acentuada, as condições de vida de toda a população ribeirinha. Assim, se a barra estava em boas condições, toda esta zona vivia uma época de grande prosperidade, fruto do comércio que então se gerava. Se pelo contrário, a barra estava em más condições, isto acarretava uma diminuição de prosperidade, poiso comércio decaía bastante, aumentando também o número de doenças, já que as águas estagnavam, originando focos de doenças, com por exemplo, peste e febres palustres.
Observando mais atentamente as diversas posições da barra ao longo dos anos, podemos ver que, esta teve posições extremas: A Norte, perto da Torreira e a Sul, em Mira, tendo durante outros períodos ocupado diversas posições, desde São Jacinto, até à chamada Quinta do Inglês, situada entre a Praia da Vagueira e Mira.
A chamada barra nova, que ainda hoje se mantém em funcionamento, viria a ser aberta em 1808, como resultado de todo um processo, que envolveu diversas petições da câmara de Aveiro à Rainha D. Maria I, que após ter mandado vir diversos engenheiros de países estrangeiros, verificou que estes nada conseguiam fazer. A situação mantinha-se, ou seja, a barra variava de posição consoante as vicissitudes do Mar e as condições do tempo, que abriam ou fechavam a barra, resultando daí um grande estado de incerteza entre toda a população, pois conforme atrás disse, as condições de vida variavam com o bom ou mau funcionamento da barra. Como exemplo posso citar o Prof. Orlando de Oliveira, que no seu livro “Origens da Ria de Aveiro” refere:
“A influência decisiva das condições físico-geográficas determinadas por esta volubilidade da barra determina o aparecimento de crises de crescimento de Aveiro, alternando com fases de progresso. Em 1348, a cidade quase ficou despovoada por efeitos de peste, a que se seguiram outros surtos com intervalos de cerca de 10 anos”. Noutro ponto da obra, continua o autor, “A barra fechava, as águas estagnavam, acumulavam-se, o paludismo surgia e uma boa parte da cidade de Aveiro alagava-se. De tudo isto resultavam situações de miséria, doença e abandono. A barra abria, as águas em excesso escoavam-se, as febres palustres desapareciam quase por encanto e com as facilidades de vida, voltavam a ocorrer populações transviadas”.
Como meros dados estatísticos, posso adiantar que em 1575, num período de esplendor de Aveiro, ou seja, em que a barra funcionava bem, a cidade atingiu a bonita soma de 14 000 habitantes, para em 1736, numa fase menos boa da barra, regredir até aos 5 300 habitantes.
Portanto, como se pode verificar por esta análise, a partir do momento em que se formou o cordão de areias, que viria a originar a Ria de Aveiro, as boas ou más condições de navegabilidade da barra, determinam em grande parte, as diversas alterações nas vidas das gentes que por aqui habitavam.

(Continua)

Boas leituras
Rubem da Rocha


quarta-feira, 12 de agosto de 2009

XXXIII Festival Nacional de Folclore

Conforme se pode ver na imagem acima, o Grupo Etnográfico da Gafanha da Nazaré irá deslocar-se no próximo sábado, 15 de Agosto, a Mouriscas, uma freguesia do concelho de Abrantes.
O programa é o seguinte:
18:00 horas - Chegada a Mouriscas,
18:30 horas - Visita à Sala Museu "O Quotidiano do Povo",
19:00 horas - Jantar convívio,
21:00 horas - Trajar,
21:15 horas - Sessão de boas vindas e entrega de lembranças,
21:30 horas - Desfile,
22:00 horas - Início do Festival.

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Origens do vocábulo "Gafanha" (parte V)

Dentro dos meus limitados conhecimentos, agrada-me ver essa palavra como um composto originário de dois étimos ou radicais diferentes - gala e fânia - ambos de procedência pré-romana, que, como outros, continuariam a ser comuns ao linguajar do povo, por vezes com feição latina.
No caso de "Gala", também encontramos variantes como "ala", "cala", "pala", "sala", "tala", "vala"...- todos a quererem significar zona lacustre, terra pantanosa ou lamacenta, região de argila ou barro. E diz mais: "Não será, de facto, toda esta zona das Gafanhas uma grande "Gala" maior do que a dos arredores da Figueira?"
Sobre "Fânia", o Padre João Gonçalves Gaspar diz, entre outras oportunas considerações, que, "no português antigo se usava "fânio" para designar uma espécie de junco semelhante ao papiro, planta essa própria das margens dos rios e dos lugares inundados".
Também o nosso conterrâneo, Padre Manuel Maria Carlos, se debruçou sobre o assunto em artigo publicado no Timoneiro de Setembro/Outubro de 1980, acrescentando ao que se tem dito as seguintes considerações: "...o nome inicial de Gafanha devia ter sido Cafânia ou Gafânia, derivado de Gafano. Comparemos com Lusitânia, com Hispânia (que deu Espanha), Bretânia (Bretanha), Alemânia (Alemanha), etc."
(Continua)

sábado, 8 de agosto de 2009

XII Festival de Folclore Praia da Barra 2009

Realiza-se hoje, no largo do Farol, na praia da Barra, o XII Festival de Folclore Praia da Barra 2009. Este festival é organizado pelo Grupo Etnográfico da Gafanha da Nazaré em parceria com a Câmara Municipal de Ílhavo, no âmbito das Festas do Munícípio "Mar Agosto".
Para este Festival foram convidados o Grupo Folclórico de São Tiago de Custóias, de Matosinhos, o Grupo de Danças e Cantares da Serra da Gravia, de Valadares (São Pedro do Sul), o Rancho Folclórico da Casa do Povo de Alpiarça e o Rancho Folclórico da Corelhã, Ponte de Lima.
O programa é o seguinte:
17:00 horas - Recepção aos Grupos e Ranchos,
17:30 horas - Visita à "Casa Gafanhoa" - Museu Municipal e entrega de lembranças,
18:30 horas - Jantar convívio,
21:30 horas - Desfile pela Avenida João Corte Real,
22:00 horas - Início do Festival.

sábado, 1 de agosto de 2009

XVIII Festival de Folclore - Valadares

Amanhã, dia 1 de Agosto, o Grupo Etnográfico participa em mais um Festival de Folclore; desta feita o XVIII do Grupo de Danças e Cantares da Serra da Gravia.
Este Grupo tem a sua sede na freguesia de Valadares, concelho de São Pedro do Sul.
Participam neste Festival os seguintes Grupos e Ranchos:
Grupo de Danças e Cantares da Serra da Gravia - Beira Alta / Dão Lafões,
Rancho Folclórico de São Pedro de Roriz - Santo Tirso - Baixo Minho,
Rancho Folclórico Cancioneiro de Folgosinho - Beira Alta Serrana,
Grupo Etnográfico da Gafanha da Nazaré - Beira Litoral Vareira,
Grupo de Danças Raízes Latinas e Sul Rio-Grandenses - Brasil.
O programa é como segue:
16:30 horas - Recepção aos Grupos,
18:00 horas - Jantar convívio,
19:45 Horas - Desfile,
20:00 horas - Início do Festival.

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