quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Ciclo do Milho 3

3ª Etapa do Ciclo do Milho

Como já se disse noutra ocasião, o Ciclo do Milho compreendeu três momentos, tendo a ideia base surgido do executivo da Câmara Municipal da Murtosa e a concretização agarrada por cinco colectividades locais. Os ranchos folclóricos “Os Camponeses da Beira-Ria” e “As Andorinhas de S. Silvestre”, o Clube Recreativo e Desportivo das Quintas, a Confraria gastronómico “O Moliceiro” e a Fraternidade Nuno Álvares.
Depois do valor cultural e etnográfico do evento e da participação e convívio entre todo o público que a ele aderiu, a grande mais-valia desta iniciativa deve-se ao espírito de cooperação que se verificou entre os elementos das colectividades que assumiram a organização. Mais uma vez se verificou que, entre nós, é possível colocar colectividades a trabalhar em conjunto num mesmo projecto.
Nesta 3ª fase colaboraram os dois ranchos folclóricos, tendo nesse mesmo dia, à hora de almoço, a Confraria Gastronómica “O Moliceiro”, promovido a “festival da enguia”, na Ribeira de Pardelhas.
Esta 3ª fase decorreu à noite e teve como palco um espaço natural – o logradouro da Casa-Museu Custódio Prato onde, com toda a facilidade do mundo, o público teve um enquadramento perfeito do ambiente onde decorriam esses trabalhos agrícolas.
A 3ª fase constou da cascadela (com transporte dos gigos de espigas para a eira, transporte e colocação da palha no cabanal e animação com os “moços”), no quinteiro e distribuição das papas (de abóbora e farinha de milho) pelos trabalhadores, malhada das espigas na eira (com 8 “moais”), chegada do moleiro com a farinha de milho, amassar e cozer bolo (pão de milho) no forno da casa (e posterior distribuição pelo público presente). A recriação terminou com umas danças de roda executadas na eira, às quais aderiu o público presente. Aliás, essa participação do público registou-se também na cascadela e no malhar das espigas.
A noite esteve agradável, o cenário foi espectacular, as pessoas aderiram e participaram, todos estamos de parabéns, pois o objectivo foi conseguido e julgo que excedidas as expectativas.
Não há dúvida de que o cenário ajuda muito a um mais fácil e mais perfeito enquadramento da representação e este foi mais um aspecto que contou para o êxito da iniciativa.
O Bunheiro foi palanque de toda esta envolvência, de toda esta movimentação cultural e etnográfica em torno do milho, se bem que em paralelo existiram outros eventos ligados a esta mesma organização que se desenvolveram noutras freguesias, como é o caso, entre outras, das iniciativas promovidas pela Confraria Gastronómica “O Moliceiro”, que decorreram na Ribeira de Pardelhas.
Uma palavra de incentivo a todas as colectividades que deram o seu contributo a este projecto conjunto. A nossa terra saiu a ganhar, a nossa cultura foi divulgada e chegou mais longe.
O inicio do malhar.
O malhar.

O retirar o pão do forno.

Toda a informação e fotos retirados do sítio da Junta de Freguesia do Bunheiro.

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