A SAIA (Continuação)

E vamos fechar esta secção com a descrição do berrante saiote vermelho, que era as delícias das raparigas daquele tempo. Era urdido de baeta, espinhado (agora diríamos bordado) a pé de galinha ou a estrelas, com lã e a diferentes cores, com viés de veludo preto ou de algodão. Este saiote luzia ao longe! Era tentador, pelo que as donzelas muito gostavam dele. Mais tarde estes saiotes passaram a ser de flanela vermelha com duas fitas pretas, estreitas, pouco distanciadas entre si e afastadas da orla dez centímetros. Era vestido de luxo, usado somente ao domingo (domingueiro) para levar à capela, quer fosse de manhã à missa, quer de tarde ao terço, e ainda se levava ao pasto para o gado, à fonte, etc. Às romarias, ou aos passeios, ou mesmo às festas da vila ou da cidade,levavam a saia de viés preta, dobrada sobre o braço, que só vestiam por cima do saiote vermelho quando entravam nas povoações do seu destino, ou das romarias. Ainda estavam em uso em 1900.
In "Monografia da Gafanha" do Padre João Vieira Rezende.
Boas leituras
Até breve
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