Vila de São Torcato
São Torcato, situada na margem esquerda do Rio de Selho, a cerca de 5 km de Guimarães, é uma vila predominantemente rural detentora de um património natural e cultural que a tornam um dos potenciais turísticos do concelho.
O santo que dá nome à vila, São Torcato, foi um dos primeiros evangelizadores da Península Ibérica no século VIII. Segundo reza a tradição, após martirizado, foi encontrado nesta vila num local onde hoje se ergue a capela da Fonte do Santo.
Vila com fortes tradições e ligações ao mundo rural e à devoção a São Torcato, esta terra é rica em manifestações culturais e etnográficas que se traduzem fundamentalmente nas festas e romarias que, durante o ano, aí têm lugar:
- Festa dos 27, a 27 de Fevereiro.
- Romaria Grande S. Torcato, em Julho, é uma das maiores e concorridas festas do Minho.
- Feira da Terra, em Julho.
- Festa do Linho (Linhal), em Julho.
- Festa das Colheitas, em Outubro.
A vila de São Torcato possui também locais onde é possível observar testemunhos dessas tradições e da sua fé: o Santuário em granito, onde está depositado o corpo incorrupto de S. Torcato, a Capela da Fonte do Santo, Museu da Vila de São Torcato.
(Informação retirada do site da Câmara Municipal de Guimarães. )
Grupo Folclórico de São Torcato
S. Torcato é uma freguesia do concelho de Guimarães, com inúmeras tradições, nomeadamente na cultura do linho, tecido que, desde sempre, foi muito apreciado por todo o país, fazendo parte integrante dos “Linhos de Guimarães”. Independentemente desta riqueza agrícola havia, e ainda há, outras, que constituem grande fonte de tradições no meio rural. A sua condição geográfica é propícia à alegria e boa disposição, dada a variedade de vegetação que compõem o “Vale de S. Torcato”, cenário natural de grandes tradições.
À semelhança de outros exemplos, surge um grupo de pessoas dispostas a formar um grupo folclórico, para, nos seus tempos livres, darem a conhecer a cultura popular do povo de S. Torcato, respeitando integralmente os mais elementares princípios do folclore. Assim sendo, investigaram e recolheram, junto de pessoas conhecedoras do assunto e idosas, o modo de cantar e dançar, bem como o de trajar dos seus antepassados.
Depois de alguns entraves iniciais à fundação do grupo, actuam pela primeira vez em público em princípios de 1958. A partir de então não parou a sua actividade, desenvolvendo uma série de trabalhos e deslocações aos mais reputados festivais folclóricos nacionais e no estrangeiro e, em 1960, dá início à organização dos Festivais Folclóricos de S. Torcato. Neste vasto historial ganhou inúmeros troféus em festivais e concursos, que se encontram expostos na sede do grupo. Em 1973, depois de sofrer uma crise directiva, o grupo reestrutura-se novamente, formando uma nova direcção que dá novo alento aos elementos do grupo. Com força suficiente para continuar a sua actividade por muitos mais anos, procedem ao restauro dos trajes, à aquisição de diverso património cultural e etnográfico, à revisão das coreografias e, ao mesmo tempo, à reciclagem das suas actividades. Deste modo, alarga a sua fama e reputação, viajando por diversos países e em Portugal, levando aos quatro cantos do mundo a sua bela região do Baixo Minho. Como forma de agradecimento pelo bem feito pela terra, o Grupo Folclórico de S. Torcato é distinguido pela Câmara Municipal de Guimarães com a medalha de prata de mérito associativo. É o primeiro grupo folclórico do concelho a receber tal distinção.
O Grupo Folclórico de S. Torcato é considerado um dos maiores embaixadores da cultura popular de todo o distrito de Braga e o mais representativo do concelho de Guimarães. Procurou, ao longo destes anos, trabalhar no sentido de enriquecer cada vez mais o património cultural, respeitando os princípios da etnografia e coreografia, usos e costumes do povo da terra de S. Torcato. Nos seus espectáculos transmite a alegria e a riqueza da sua lendária terra. O espírito de iniciativa e capacidade empreendedora são as suas mais profundas características, sendo estas que motivam o Grupo Folclórico de S. Torcato a continuar a sua actividade.
Texto retirado do blog “Antepassados em Guimarães” da autoria de Avelina Maria Noronha.
Boas leituras
Rubem da Rocha
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