sábado, 10 de outubro de 2009

Casa Gafanhoa - Um pouco de história (II)

Sala do Senhor
Tratava-se de uma vivenda de lavrador rico, que fora também proprietário e gerente de uma empresa de bacalhau, dos anos 20/30, bem conservada e com possibilidades de restauro a condizer com o sonho alimentado pela Direcção e por quantos vivem os problemas histórico-etnográficos com amor e devoção.
Não seria uma casa de um lavrador pobre, que essa já não seria fácil encontrar em razoável estado de conservação, mas de uma família que, tendo outras posses, nunca deixou de amanhar a terra e dela tirar algum sustento para o agregado familiar. Além disso, mantinha traços genuínos com a frente com uma porta e duas janelas e o telheiro e o celeiro ao lado, e ainda com um acesso lateral que conduzia à cozinha e ao pátio interior, à volta do qual se situavam os currais dos animais. As divisões eram pequenas e havia sinais evidentes de usos e costumes próprios dos nossos ancestrais. Da ideia e do sonho partiu-se ao encontro da sua concretização. Em 1991, o Grupo Etnográfico entrega em mão, na Costa Nova, ao então primeiro-ministro Cavaco Silva, uma petição para a aquisição da já desejada Casa Gafanhoa, e no mesmo ano a Secretaria de Estado da Administração Local e do Ordenamento do Território sugere que deveria ser apresentada uma candidatura aos Programas de Equipamento, junto da Comissão de Coordenação da Região Centro, o que foi feito por intermédio da Junta de Freguesia e da Câmara Municipal de Ílhavo em 1994.
Continua
Artigo da autoria do Prof. Fernando Martins e publicado no livro do XVI Festival de Folclore, realizado em 8 de Julho de 2000.

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